quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Campanha incentiva filiação partidária de mulheres

“Mulher, tome partido. Filie-se!”. Esse é o lema da campanha que foi lançada na tarde desta quarta-feira (11) pela Coordenadoria de Direitos da Mulher, Procuradorias da Mulher da Câmara e do Senado. O objetivo é aumentar em 20% o número de mulheres filiadas e em 30% a representação feminina na Câmara e no Senado para as próximas eleições. 

A campanha conta com o apoio da Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres) e da Secretaria de Políticas da Mulher da Presidência da República - SPM.

O objetivo é aumentar em 20% o número de mulheres filiadas a partidos políticos até o dia 5 de outubro, prazo final de filiação para quem deseja concorrer a um cargo político nas eleições gerais de 2014. Os organizadores da campanha também esperam ampliar em 30% a representação da bancada feminina na Câmara e no Senado no próximo ano.

A primeira fase da campanha terá inserções publicitárias em rádio e televisão de abrangência nacional. Depois do prazo de filiação, a campanha continua por meio de ações direcionadas a dirigentes partidários, além de um trabalho sistemático nos estados e municípios de conscientização feminina para a maior participação na política. “Essa segunda etapa será até 2015 quando faremos um trabalho intensificado junto às assembleias e câmaras municipais do país. Queremos criar condições para que essas mulheres sintam a força e a necessidade de permanecerem atuando nos espaços de poder”, afirma Vanessa Grazziotin, procuradora da Mulher do Senado. 

De acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 51,5% da população brasileira são mulheres, ou seja, mais de 97 milhões de brasileiras. Mas, nas eleições de 2010, apenas 45 mulheres foram eleitas deputadas federais, representando 8,77% das cadeiras da Casa. No Senado são apenas 8 senadoras das 81 vagas do Senado, o que representa menos de 10% do total.

Pesquisa de opinião pública realizada pelo Ibope e pelo Instituto Patrícia Galvão, em abril deste ano, em todo o País, com 2002 entrevistados com mais de 16 anos de idade, revelou que oito em cada dez brasileiros consideram que deveria ser obrigatória a participação paritária de mulheres e homens nas casas legislativas municipais, estaduais e federais.

Entretanto, de acordo com o demógrafo José Eustáquio Diniz Alves, do IBGE, se o avanço da participação feminina continuar no ritmo atual, a paridade entre os sexos nos espaços municipais demorará ainda 150 anos para ser alcançada.


2 comentários:

  1. Ola, aqui na minha cidade, Boa Vista-RR há uma necessidade de se criar Políticas Publicas, como também avalia-las a curto e longo prazo. Quando se cria algum programa social, os mesmos não são mantidos pelos seus sucessores.

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  2. Eu sou do Distrito Federal e como uma pessoa articulada nas redes sociais, ativista humanitária, percebo que as mulheres nos partidos não tem espaço suficiente na propaganda eleitoral, dentro dos setores colocadas pelos líderes partidários obedecem ordem, irritam a muitos se querem demonstrar o que pode ser feito para melhorar a situação atual !
    Além dos mais esses partidos com tantas mudanças de cadeira, de político não sei ao certo qual não terá uma decepção de ser passada para escanteio ! Além do mais há homens no poder desde que nasceu e o fato de ter mulher em um cargo de poder parece ser que o humilha; a campanha de vocês deveria ter vindo com tempo hábil de várias mulheres engajadas se empoderarem e não quando está quase a ser impossível a ser candidatar em um cargo político ...

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